O exame de proficiência em língua japonesa, JLPT ( Japanese Language Proficiency Test) ou 日本語能力試験, é o exame para estrangeiros mais aceito em língua japonesa.
Muita gente fica pensando se vale a pena ou não estudar para o JLPT e prestar, e qual nível vale a pena prestar. Vamos discutir aqui alguns pontos positivos e negativos sobre este exame.
Vale a pena prestar se
Você pretende estudar no Japão em Japonês – Muitas (mas nem todas) universidades que oferecem cursos em Japonês aceitam apenas alunos que tenham nível N1 (N2 em alguns casos)
Você pretende aplicar para o visto de imigrante altamente qualificado no Japão – Quem possui N1 recebe 15 pontos e quem possui N2 recebe 10 pontos no sistema. No total você precisa de 70 pontos para aplicar para este visto e, caso consiga esses pontos, ganhará prioridade na aplicação (detalhes aqui).
Você queira aumentar suas chances de conseguir uma bolsa de estudos para o Japão – Apesar de não ser uma condição necessária para pleitear uma bolsa de estudos na maioria das vezes, ter um certificado mostra que você já tem um certo domínio do idioma Japonês, tem interesse, comprometimento e investiu tempo em estudar o idioma. Isso com certeza conta pontos na hora da seleção.
Você queira aumentar suas chances de conseguir um emprego em uma empresa Japonesa – Assim como para bolsas de estudos, empresas vêem seu certificado de proficiência como uma amostra de comprometimento e interesse. Com certeza vai ajudar a conquistar uma vaga de emprego.
Você queira provar que possui conhecimento em Japonês sem necessariamente ter de falar ou escrever.
Você gosta de desafios – Estudar para o JLPT exige dedicação, consistência e determinação. São horas e horas de estudo e treino até a realização da prova. É muito aconselhável para quem gosta de ver seu esforço se transformando em algo palpável.
Não vale a pena prestar se
Você não tem pretenção de viver no Japão ou exercer atividade relacionada ao Japão – Como certificado o JLPT só tem valor frente a instituições Japonesas, caso você não tenha interesse em ter qualquer relação com elas, seja trabalho ou estudo, não existe motivo prático para prestar o JLPT.
Você apenas quer aprender a conversar em Japonês – O JLPT não testa conversação e estudar para o JLPT provavelmente não vai melhorar diretamente sua habilidade de conversar em Japonês. Claro que estudar para o JLPT e treinar conversação em Japonês têm uma ligação indireta, mas se o seu objetivo é apenas um não há porque direcionar seu tempo e energia em algo não diretamente relacionado.
Você quer apenas desfrutar de material nativo – Não é necessário um certificado para assistir filmes, ler livros ou ouvir música. Se o seu objetivo final no idioma Japonês é curtir material nativo, vale mais a pena focar o estudo do idioma em compreender esses materiais do que ficar decorando listas de kanji e resolvendo exercícios de gramática.
Conclusão
A decisão final é obviamente sua, vale a pena levar os pontos citados aqui em consideração, além de visitar o website oficial e checar provas passadas antes de prestar.
Vale a pena mencionar que na prática apenas os níveis N1 e N2 são requeridos para empregos e cursos universitários no Japão. Os níveis mais baixos não têm muita utilidade prática, porém podem ser um demonstrativo de que você está tentando se envolver com a língua e cultura japonesa e pretende melhorar no futuro.
Farei o JLPT N5 justamente porque amo aprender idiomas, em especial o Japonês, e quero ver se de fato estou aprendendo. Fiz o IELTS (Inglês) e gostei de ter feito, mesmo que tenha sido somente pra saber e pra “materializar” meu nível, então espero alcançar com o JLPT esse mesmo “auto-conhecimento”. Além disso, acho bom ter uma meta pra aprendizado de idioma, e o resultado pode acabar se tornando um bônus pra colocar em cv acadêmico ou profissional.